Conheça a AME Lavras

Conheça a AME Lavras

Entrevista

 

Você que frequenta os Centros Espíritas da cidade possivelmente já viu essa “logo” ao lado. E também são grandes as chances de já ter ouvido falar na Aliança Municipal Espírita (AME) de Lavras e em alguma de suas realizações. Mas você sabe o que ela é e porque existe? E há quanto tempo foi fundada? Para explicar melhor sobre a AME e o que ela faz Novos Tempos conversou com sua presidente, Michelle Maia. Confira:

 

O que é a Aliança Municipal Espírita e o que ela faz?
É a representação do Movimento de Unificação do Espiritismo em nossa cidade. Em sua constituição, é uma associação civil e sem fins lucrativos, administrada por uma diretoria formada por trabalhadores voluntários do Movimento Espírita. Em Lavras, foi fundada em 03 de abril de 1960.

Para entender melhor o que é e como funciona a AME, precisamos falar do Movimento de Unificação. Toda ação de Unificação em nosso Movimento visa atender e favorecer os trabalhos das células mais importantes - os Centros Espíritas. Importante ressaltar, que a adesão ao trabalho de unificação é voluntária.

O Movimento Espírita não institucionaliza sua organização como caráter obrigatório. Porém, Allan Kardec já mostrava que a unificação e a união dos Espíritas teria função essencial para resguardar a unidade doutrinária do Espiritismo, garantir que seus princípios fundamentais e práticas, fossem aplicados de forma coerente e fiel ao ensino dos Espíritos. Em Lavras, a AME é a representação de sete casas espíritas: Centro Espírita Augusto Silva, Grupo Espírita Allan Kardec, Grupo Espírita da Prece, Sociedade Espírita Ismael, Centro Espírita Francisco de Paula Vítor, Lar Espírita Fabiano de Cristo e Centro Espírita Fraternidade.

Os presidentes de cada um desses Centros Espíritas se reúnem em um Conselho denominado CEM - Conselho Espírita Municipal. Comprometido com a tarefa de propagar o Espiritismo e o Evangelho de Jesus, o CEM se reúne criando demandas de cursos, palestras, visitas fraternas, divulgações evangélico-doutrinárias e outras, que atendam as necessidades de cada casa espírita em suas atividades rotineiras e/ou outras, que atendam o Município. O CEM elege a diretoria da AME, que tem a tarefa de executar as ações planejadas pelo Conselho, unificar as casas espíritas da cidade e atender as necessidades específicas de cada uma e realizar ações em âmbito municipal.

 

Qual o papel do CEM no Movimento Espírita?
De extrema importância. O CEM pode ser considerado o órgão máximo do Movimento dentro de uma cidade, afinal, ele é a representação das casas espíritas, que são o foco principal dos nossos esforços de trabalho. Com as reuniões do CEM, acompanhadas pela AME, temos o diagnóstico real do que acontece no dia-a-dia dentro das Instituições Espíritas. E em Conselho, faz-se um planejamento para melhorar cada vez mais as atividades do Movimento Espírita.

Em Lavras, o CEM tem atuado com louvor. Nossos dirigentes mostram entendimento da responsabilidade que assumiram e estão comprometidos com o trabalho. Se reúnem periodicamente e juntos estamos avançando e caminhando para o objetivo: divulgar o espiritismo e o Evangelho de Jesus. Sem a ação ativa do CEM, a AME não consegue cumprir seu papel Unificador. Junto ao CEM, atua efetivamente, cumprindo sua função executora dentro do Movimento Espírita.

 

Dirigentes e trabalhadores reunidos para estudo na Sociedade Espírita Ismael (Outubro/2015)

 

Quais atividades são realizadas pela AME Lavras atualmente?
Algumas atividades estão consolidadas e acontecem há anos em nossa cidade, através da AME. Duas delas tiveram início no ano de 1971, ou seja, são realizadas há 45 anos. O programa de rádio “Alvorada Espírita Cristã”, que vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 6h da manhã, pela Rádio Cultura. E a Campanha do Quilo, que acontece aos domingos.

A AME também realiza há 32 anos a tradicional Feira do Livro Espírita, que acontece no mês de dezembro, na praça Dr. Augusto Silva. Realizamos também o Encontro de Jovens, que há 21 anos reúne frequentadores das Juventudes de Lavras e região, durante o feriado do carnaval, com o propósito de estudar a Doutrina Espírita e o Evangelho de Jesus.

Além dessas, a AME convoca e preside as reuniões do CEM, promove palestras e seminários em nossa cidade, realiza cursos de capacitação de trabalhadores, divulga o Espiritismo em nossa cidade e tem suas próprias atividades administrativas. Há também, em cumprimento a programação aprovada pelo CEM para este ano de 2016, um grupo de estudos formado por dirigentes e trabalhadores do Movimento Espírita em nossa cidade, tendo como base a obra “Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho”.

 

Como os trabalhos são organizados?
Questões administrativas da AME são tratadas nas reuniões da Diretoria e levadas para consentimento e, se necessário, aprovação do CEM e Conselho Fiscal. Já os trabalhos de cunho evangélico-doutrinário, contam com a participação de uma Comissão, formada por trabalhadores voluntários, representantes das casas espíritas da cidade. Essa sistemática vem acontecendo desde o início desse ano, em uma tentativa de dinamizar as ações da AME, para o bom cumprimento de suas tarefas.

No modelo anterior, existiam Áreas de trabalhos, que separadas umas das outras, atuavam em várias frentes: Infância e Juventude, Mediunidade, Estudo, Assistência e Promoção Social e outras. Notamos que não existia fluidez, além de uma quase “departamentalização” dentro do Movimento. Dessa forma, desconstituímos as áreas e formamos um grupo coeso e dedicado, que vem trabalhando desde então, com resultados mais efetivos. Ressaltando que essa é a forma tratada em Lavras. A essência da comissão é continuar atendendo as necessidades doutrinárias do Movimento Espírita.

 

Na prática, como a Comissão vem trabalhando?
Iniciamos o trabalho fazendo uma análise do Movimento Espírita e debatendo diretrizes essenciais, sempre em conformidade com os princípios fundamentais da Doutrina Espírita e a moral evangélico-cristã ensinada por Jesus. Essa etapa continua, mas as demandas ou solicitações das casas espíritas que nos chegam através do CEM, são recebidas como projetos a serem desenvolvidos que nas reuniões da Comissão são analisados e distribuídos para subgrupos para gerenciarem a tarefa até sua conclusão.

Essa sistemática dinamizou o trabalho, permitiu que mais de um projeto fosse desenvolvido ao mesmo tempo e de forma coesa, considerando todos os aspectos que antes, eram vistos isolados e por área. Alguns exemplos do que já vem acontecendo: visitas às casas espíritas, cursos, campanhas de divulgação, suporte as casas em suas necessidades específicas e palestras.

 

Qual o papel da AME Lavras em relação aos Centros Espíritas?
Ser uma extensão da equipe de trabalho de cada casa que aderiu o Movimento de Unificação. A AME, através da sua Comissão de Trabalho, vem preparando um grupo de servidores em condições plenas de auxiliar os dirigentes dos centros espíritas em questões administrativas, jurídicas, doutrinárias e demandas oriundas das atividades contínuas que são realizadas.

Não há nenhuma autonomia da AME em relação aos Centros Espíritas, não há o papel de fiscalização, de interferências em suas decisões e programações de atividades. Nas demandas solicitadas pelo CEM, a AME divulga e estimula os trabalhadores das casas espíritas aderirem às atividades. Faz também o papel de levar às Casas Espíritas informações e campanhas promovidas em todo Estado e/ou país. E principalmente, zelar pela fidelidade doutrinária, garantindo que todas as pessoas que buscarem o estudo espírita, receberão o ensino em sua pureza, conforme preconizou o nobre Codificador.

 

Lavras é sede do 20º Conselho Regional Espírita. Existe alguma relação entre ele e a AME?
Sim, existe. O Movimento Espírita em Minas Gerais foi organizado da forma como acontece hoje a partir do 3º Congresso Espírita Mineiro realizado em Belo Horizonte, no ano de 1958, seguindo as diretrizes do Pacto Áureo, assinado em 1949. Para facilitar o intercambio entre as instituições espíritas, o estado foi dividido em regiões.

Atualmente, são 25 em Minas Gerais. Cada região é chamada de CRE - Conselho Regional Espírita. Os CRE’s assumem a tarefa de acompanhar os trabalhos das AMES de sua região ou das casas espíritas existentes em cidades que não tenham AME instituída. 

Inicialmente, Lavras fazia parte do 3º CRE, com sede em Varginha e, posteriormente, tornou-se sede do 20º CRE. De acordo com Estatuto da União Espírita Mineira, a diretoria do CRE é formada pelos voluntários que assumiram os cargos de Presidente, Vice-Presidente e 1º secretário do grupo administrativo da AME da cidade sede.

Dessa forma se dá à relação constitucional entre CRE e AME da cidade sede, que é o nosso caso. Adotamos aqui em Lavras, a mesma Comissão de trabalho que atua na AME, para atuar em nossa regional, que têm em sua abrangência 26 cidades além de Lavras.

 

Campanha do Quilo em outubro de 1972, no GEAK

 

Como podemos descrever o Movimento Espírita em Lavras?

Abençoado. A Doutrina Espirita foi codificada em 1857, por Allan Kardec, na França e já em 1894 (37 anos após a codificação), Dr. Augusto Silva funda o primeiro centro espírita em nossa cidade - Centro Espírita Luz e Caridade. Em 1920 era fundado por Christiano José de Souza o Centro Espírita de Lavras, que posteriormente teve seu nome alterado para Centro Espírita Augusto Silva.

A partir daí, em vários pontos da cidade, foram se instalando esses mesmos núcleos luminosos que chamamos de Centro Espírita. A história do Espiritismo em nossa cidade é marcada pela presença de grandes colaboradores que tiveram papel fundamental para consolidação do Movimento Espírita por aqui: Dr. Augusto Silva, D. Zulmira Teixeira, Sr. Fábio Ferreira da Rosa, Dimas de Souza, nossos contemporâneos Athanoel Maia, Roberto de Carvalho, José Martiniano e muitos outros que contribuíram para que, hoje, todos nós pudéssemos encontrar essa riqueza espiritual que nos é ofertada como instrumento para  nosso aprimoramento e trabalho.

D. Yvonne registrou em uma de suas obras - Recordações da Mediunidade -, que Lavras oferecia um ambiente propício ao desenvolvimento de trabalhos espirituais e que isso talvez pudesse ser explicado, pelo caráter fervoroso dos adeptos do Espiritismo, nossos precursores, que muito nos ensinaram com seu amor a Jesus.

Essa história linda só reforça a nossa responsabilidade nos dias de hoje. De todos nós, dirigentes, trabalhadores, adeptos do Espiritismo. Certamente muito há ainda a ser feito e devemos nos inspirar nessas personalidades fascinantes, para sermos cada vez mais fieis instrumentos e para que nosso Movimento cumpra, efetivamente, a tarefa que nos foi designada por Jesus.

Abençoado. A Doutrina Espirita foi codificada em 1857, por Allan Kardec, na França e já em 1894 (37 anos após a codificação), Dr. Augusto Silva funda o primeiro centro espírita em nossa cidade - Centro Espírita Luz e Caridade. Em 1920 era fundado por Christiano José de Souza o Centro Espírita de Lavras, que posteriormente teve seu nome alterado para Centro Espírita Augusto Silva. A partir daí, em vários pontos da cidade, foram se instalando esses mesmos núcleos luminosos que chamamos de Centro Espírita. A história do Espiritismo em nossa cidade é marcada pela presença de grandes colaboradores que tiveram papel fundamental para consolidação do Movimento Espírita por aqui: Dr. Augusto Silva, D. Zulmira Teixeira, Sr. Fábio Ferreira da Rosa, Dimas de Souza, nossos contemporâneos Athanoel Maia, Roberto de Carvalho, José Martiniano e muitos outros que contribuíram para que, hoje, todos nós pudéssemos encontrar essa riqueza espiritual que nos é ofertada como instrumento para  nosso aprimoramento e trabalho. D. Yvonne registrou em uma de suas obras - Recordações da Mediunidade -, que Lavras oferecia um ambiente propício ao desenvolvimento de trabalhos espirituais e que isso talvez pudesse ser explicado, pelo caráter fervoroso dos adeptos do Espiritismo, nossos precursores, que muito nos ensinaram com seu amor a Jesus. Essa história linda só reforça a nossa responsabilidade nos dias de hoje. De todos nós, dirigentes, trabalhadores, adeptos do Espiritismo. Certamente muito há ainda a ser feito e devemos nos inspirar nessas personalidades fascinantes, para sermos cada vez mais fieis instrumentos e para que nosso Movimento cumpra, efetivamente, a tarefa que nos foi designada por Jesus.Entrevista
 
Você que frequenta os Centros Espíritas da cidade possivelmente já viu essa “logo” ao lado. E também são grandes as chances de já ter ouvido falar na Aliança Municipal Espírita (AME) de Lavras e em alguma de suas realizações. Mas você sabe o que ela é e porque existe? E há quanto tempo foi fundada? Para explicar melhor sobre a AME e o que ela faz Novos Tempos conversou com sua presidente, Michelle Maia. Confira:
 
O que é a Aliança Municipal Espírita e o que ela faz?
É a representação do Movimento de Unificação do Espiritismo em nossa cidade. Em sua constituição, é uma associação civil e sem fins lucrativos, administrada por uma diretoria formada por trabalhadores voluntários do Movimento Espírita. Em Lavras, foi fundada em 03 de abril de 1960.
 Para entender melhor o que é e como funciona a AME, precisamos falar do Movimento de Unificação. Toda ação de Unificação em nosso Movimento visa atender e favorecer os trabalhos das células mais importantes - os Centros Espíritas. Importante ressaltar, que a adesão ao trabalho de unificação é voluntária. O Movimento Espírita não institucionaliza sua organização como caráter obrigatório. Porém, Allan Kardec já mostrava que a unificação e a união dos Espíritas teria função essencial para resguardar a unidade doutrinária do Espiritismo, garantir que seus princípios fundamentais e práticas, fossem aplicados de forma coerente e fiel ao ensino dos Espíritos. Em Lavras, a AME é a representação de sete casas espíritas: Centro Espírita Augusto Silva, Grupo Espírita Allan Kardec, Grupo Espírita da Prece, Sociedade Espírita Ismael, Centro Espírita Francisco de Paula Vítor, Lar Espírita Fabiano de Cristo e Centro Espírita Fraternidade. Os presidentes de cada um desses Centros Espíritas se reúnem em um Conselho denominado CEM - Conselho Espírita Municipal. Comprometido com a tarefa de propagar o Espiritismo e o Evangelho de Jesus, o CEM se reúne criando demandas de cursos, palestras, visitas fraternas, divulgações evangélico-doutrinárias e outras, que atendam as necessidades de cada casa espírita em suas atividades rotineiras e/ou outras, que atendam o Município. O CEM elege a diretoria da AME, que tem a tarefa de executar as ações planejadas pelo Conselho, unificar as casas espíritas da cidade e atender as necessidades específicas de cada uma e realizar ações em âmbito municipal. 
 
Qual o papel do CEM no Movimento Espírita? 
De extrema importância. O CEM pode ser considerado o órgão máximo do Movimento dentro de uma cidade, afinal, ele é a representação das casas espíritas, que são o foco principal dos nossos esforços de trabalho. Com as reuniões do CEM, acompanhadas pela AME, temos o diagnóstico real do que acontece no dia-a-dia dentro das Instituições Espíritas. E em Conselho, faz-se um planejamento para melhorar cada vez mais as atividades do Movimento Espírita. Em Lavras, o CEM tem atuado com louvor. Nossos dirigentes mostram entendimento da responsabilidade que assumiram e estão comprometidos com o trabalho. Se reúnem periodicamente e juntos estamos avançando e caminhando para o objetivo: divulgar o espiritismo e o Evangelho de Jesus. Sem a ação ativa do CEM, a AME não consegue cumprir seu papel Unificador. Junto ao CEM, atua efetivamente, cumprindo sua função executora dentro do Movimento Espírita.
 
Quais atividades são realizadas pela AME Lavras atualmente?
Algumas atividades estão consolidadas e acontecem há anos em nossa cidade, através da AME. Duas delas tiveram início no ano de 1971, ou seja, são realizadas há 45 anos. O programa de rádio “Alvorada Espírita Cristã”, que vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 6h da manhã, pela Rádio Cultura. E a Campanha do Quilo, que acontece aos domingos. A AME também realiza há 32 anos a tradicional Feira do Livro Espírita, que acontece no mês de dezembro, na praça Dr. Augusto Silva. Realizamos também o Encontro de Jovens, que há 21 anos reúne frequentadores das Juventudes de Lavras e região, durante o feriado do carnaval, com o propósito de estudar a Doutrina Espírita e o Evangelho de Jesus.
Além dessas, a AME convoca e preside as reuniões do CEM, promove palestras e seminários em nossa cidade, realiza cursos de capacitação de trabalhadores, divulga o Espiritismo em nossa cidade e tem suas próprias atividades administrativas. Há também, em cumprimento a programação aprovada pelo CEM para este ano de 2016, um grupo de estudos formado por dirigentes e trabalhadores do Movimento Espírita em nossa cidade, tendo como base a obra “Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho”.
 
Como os trabalhos são organizados? 
Questões administrativas da AME são tratadas nas reuniões da Diretoria e levadas para consentimento e, se necessário, aprovação do CEM e Conselho Fiscal. Já os trabalhos de cunho evangélico-doutrinário, contam com a participação de uma Comissão, formada por trabalhadores voluntários, representantes das casas espíritas da cidade. Essa sistemática vem acontecendo desde o início desse ano, em uma tentativa de dinamizar as ações da AME, para o bom cumprimento de suas tarefas. No modelo anterior, existiam Áreas de trabalhos, que separadas umas das outras, atuavam em várias frentes: Infância e Juventude, Mediunidade, Estudo, Assistência e Promoção Social e outras. Notamos que não existia fluidez, além de uma quase “departamentalização” dentro do Movimento. Dessa forma, desconstituímos as áreas e formamos um grupo coeso e dedicado, que vem trabalhando desde então, com resultados mais efetivos. Ressaltando que essa é a forma tratada em Lavras. A essência da comissão é continuar atendendo as necessidades doutrinárias do Movimento Espírita.
 
Na prática, como a Comissão vem trabalhando?
Iniciamos o trabalho fazendo uma análise do Movimento Espírita e debatendo diretrizes essenciais, sempre em conformidade com os princípios fundamentais da Doutrina Espírita e a moral evangélico-cristã ensinada por Jesus. Essa etapa continua, mas as demandas ou solicitações das casas espíritas que nos chegam através do CEM, são recebidas como projetos a serem desenvolvidos que nas reuniões da Comissão são analisados e distribuídos para subgrupos para gerenciarem a tarefa até sua conclusão. Essa sistemática dinamizou o trabalho, permitiu que mais de um projeto fosse desenvolvido ao mesmo tempo e de forma coesa, considerando todos os aspectos que antes, eram vistos isolados e por área. Alguns exemplos do que já vem acontecendo: visitas às casas espíritas, cursos, campanhas de divulgação, suporte as casas em suas necessidades específicas e palestras. 
 
Qual o papel da AME Lavras em relação aos Centros Espíritas?
Ser uma extensão da equipe de trabalho de cada casa que aderiu o Movimento de Unificação. A AME, através da sua Comissão de Trabalho, vem preparando um grupo de servidores em condições plenas de auxiliar os dirigentes dos centros espíritas em questões administrativas, jurídicas, doutrinárias e demandas oriundas das atividades contínuas que são realizadas. Não há nenhuma autonomia da AME em relação aos Centros Espíritas, não há o papel de fiscalização, de interferências em suas decisões e programações de atividades. Nas demandas solicitadas pelo CEM, a AME divulga e estimula os trabalhadores das casas espíritas aderirem às atividades. Faz também o papel de levar às Casas Espíritas informações e campanhas promovidas em todo Estado e/ou país. E principalmente, zelar pela fidelidade doutrinária, garantindo que todas as pessoas que buscarem o estudo espírita, receberão o ensino em sua pureza, conforme preconizou o nobre Codificador.
 
Lavras é sede do 20º Conselho Regional Espírita. Existe alguma relação entre ele e a AME?
Sim, existe. O Movimento Espírita em Minas Gerais foi organizado da forma como acontece hoje a partir do 3º Congresso Espírita Mineiro realizado em Belo Horizonte, no ano de 1958, seguindo as diretrizes do Pacto Áureo, assinado em 1949. Para facilitar o intercambio entre as instituições espíritas, o estado foi dividido em regiões. Atualmente, são 25 em Minas Gerais. Cada região é chamada de CRE 
- Conselho Regional Espírita. Os CRE’s assumem a tarefa de acompanhar os trabalhos das AMES de sua região ou das casas espíritas existentes em cidades que não tenham AME instituída. Inicialmente, Lavras fazia parte do 3º CRE, com sede em Varginha e, posteriormente, tornou-se sede do 20º CRE. De acordo com Estatuto da União Espírita Mineira, a diretoria do CRE é formada pelos voluntários que assumiram os cargos de Presidente, Vice-Presidente e 1º secretário do grupo administrativo da AME da cidade sede. Dessa forma se dá à relação constitucional entre CRE e AME da cidade sede, que é o nosso caso. Adotamos aqui em Lavras, a mesma Comissão de trabalho que atua na AME, para atuar em nossa regional, que têm em sua abrangência 26 cidades além de Lavras. 
 
Como podemos descrever o Movimento Espírita em Lavras?
Abençoado. A Doutrina Espirita foi codificada em 1857, por Allan Kardec, na França e já em 1894 (37 anos após a codificação), Dr. Augusto Silva funda o primeiro centro espírita em nossa cidade - Centro Espírita Luz e Caridade. Em 1920 era fundado por Christiano José de Souza o Centro Espírita de Lavras, que posteriormente teve seu nome alterado para Centro Espírita Augusto Silva. A partir daí, em vários pontos da cidade, foram se instalando esses mesmos núcleos luminosos que chamamos de Centro Espírita. A história do Espiritismo em nossa cidade é marcada pela presença de grandes colaboradores que tiveram papel fundamental para consolidação do Movimento Espírita por aqui: Dr. Augusto Silva, D. Zulmira Teixeira, Sr. Fábio Ferreira da Rosa, Dimas de Souza, nossos contemporâneos Athanoel Maia, Roberto de Carvalho, José Martiniano e muitos outros que contribuíram para que, hoje, todos nós pudéssemos encontrar essa riqueza espiritual que nos é ofertada como instrumento para  nosso aprimoramento e trabalho. D. Yvonne registrou em uma de suas obras - Recordações da Mediunidade -, que Lavras oferecia um ambiente propício ao desenvolvimento de trabalhos espirituais e que isso talvez pudesse ser explicado, pelo caráter fervoroso dos adeptos do Espiritismo, nossos precursores, que muito nos ensinaram com seu amor a Jesus. Essa história linda só reforça a nossa responsabilidade nos dias de hoje. De todos nós, dirigentes, trabalhadores, adeptos do Espiritismo. Certamente muito há ainda a ser feito e devemos nos inspirar nessas personalidades fascinantes, para sermos cada vez mais fieis instrumentos e para que nosso Movimento cumpra, efetivamente, a tarefa que nos foi designada por Jesus.