Métodos anticoncepcionais

06/08/2011 11:50

Como a Doutrina posiciona-se acerca dos métodos anticoncepcionais?

 

Primeiramente, é preciso determinar o que seja um método anticoncepcional ou não. Muitos querem admitir o aborto, a histerectomia (extirpação do útero) ou a salpingotripsia (laqueadura das trompas) como métodos anticoncepcionais. Na realidade, eles impedem a gravidez mas não são métodos de anticoncepção, por serem antes de mais nada formas de agressão a vida ou ao organismo.

Os métodos verdadeiros são temporários e reversíveis. Todas as vezes que se tornam irreversíveis, atuam diretamente contra a Lei Maior, complicando a situação dos envolvidos. É preciso salientar aqui que, em várias situações, por questões verdadeiramente médicas, relacionadas com a saúde e integridade física da gestante, o aborto, a histerectomia e salpingotripsia podem ser indicados, protegendo assim a mulher.

Os métodos podem ser naturais e artificiais. Entre os naturais temos a "tabelinha", o do muco cervical ou de Billings e o Coito Interrompido. Entre os artificiais, os mais comuns são os preservativos (masculinos e femininos), o diafragma, a pílula anticoncepcional, e o Dispositivo Intra-Uterino (DIU). Esse último questionável em sua ação, pela possibilidade de ser abortivo e, desse modo, deveria ser evitado por aqueles que são contra o aborto.

Muitos especialistas consideram a chamada "pílula do dia seguinte" como método anticoncepcional, sua ação, porém, é basicamente abortiva e, por isso, deve ser descartada pelos que fazem parte do grupo dos "pró-vida".

A Codificação Espírita coloca claramente que "Tudo o que embaraça a Natureza em sua marcha é contrário à lei geral." (perg. 693), mas os mesmos Espíritos esclarecem, na pergunta seguinte: "Deus concedeu ao homem, sobre todos os seres vivos, um poder de que ele deve usar, sem abusar. Pode, pois, regular a reprodução, de acordo com as necessidades." No entanto, são contrários àqueles posicionamentos nesse campo, os quais visem exclusivamente à satisfação da sensualidade.

Fica, portanto, claro a possibilidade do uso desses métodos, dentro de parâmetros morais e, especialmente, evitando, através do controle de natalidade, quaisquer condutas abortivas.

Trecho do livro "Conversando sobre a sexualidade", de Roberto Lúcio Vieira de Souza, cap. 19